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quinta-feira, 21/11/2024
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Macron denuncia “hipocrisia” de países da África por não reconhecerem agressão russa na Ucrânia

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Macron declarou também que a França é “o país mais comprometido na segurança dos Estados africanos”

Macron: presidente da França critica falta de posicionamento do continente africano sobre a guerra na Ucrânia (Chesnot/Getty Images)

Emmanuel Macron denunciou, nesta terça-feira, 26, a “hipocrisia” presente “em particular no continente africano” de não reconhecer claramente “uma agressão unilateral” da Rússia contra a Ucrânia, como fez a União Europeia (UE).

A primeira decisão dos europeus foi não participar de nenhuma maneira nesta guerra, mas defini-la e qualificá-la, algo em que muitas vezes vejo hipocrisia, particularmente no continente africano (…) de não saber qualificar uma guerra” iniciada pela Rússia, afirmou o presidente francês em coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo camaronês, Paul Biya.

“Existem pressões diplomáticas, não sou tão ingênuo”, acrescentou Macron, ao destacar que a UE fez “tudo o que foi possível para parar a guerra” com sanções e isolamento diplomático contra a Rússia.

“E é aí que precisamos deles, porque se não, esse esquema (de invasão de um país) será reproduzido indefinidamente”, explicou.

O presidente francês busca, em sua primeira visita a Camarões, relançar as relações políticas e econômicas entre os dois países.

“Não é a ordem internacional que desejamos. Queremos que se baseie na cooperação e no respeito pela soberania de cada um”, afirmou sobre a situação na Ucrânia.

Macron declarou também que a França é “o país mais comprometido na segurança dos Estados africanos”, mas em “um quadro claro, a pedido de Estados soberanos e para combater o terrorismo”.

A viagem de Macron pela África, que também inclui visitas a Benin e Guiné Bissau, permitirá que o presidente reafirme seu “compromisso com a renovação das relações da França com o continente africano” no início de seu segundo mandato, explicou o Eliseu.

A França também acompanhou com preocupação o surgimento de outras potências, como Turquia, Rússia e China, que buscam se firmar em uma área que ainda considera parte de sua esfera de influência.

(AFP)

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