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segunda-feira, 08/09/2025

Lula usa X para fortalecer discurso sobre soberania após 7 de setembro

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Após o feriado do 7 de Setembro, que foi marcado pelo slogan “Brasil Soberano” promovido pelo Governo Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou esse discurso em suas redes sociais. Em sua publicação no X, Lula afirmou: “O Brasil tem lado. O do povo brasileiro”.

Ele continuou: “Neste 7 de Setembro, reafirmamos nosso compromisso com um Brasil soberano e independente. Um Brasil que respeita seu povo e honra sua bandeira”. A publicação foi acompanhada de outras mensagens explicando o conceito de soberania, como “o poder de decidir nosso futuro” e “colocar o povo no centro das decisões”.

Na noite do dia 6 de setembro, Lula fez um discurso onde declarou que o Brasil não será uma colônia novamente e ressaltou a capacidade do país de governar e cuidar de sua terra e população sem interferências externas. Destacou que, embora o Brasil mantenha relações amistosas com todas as nações, não aceitará ordens de nenhum governo estrangeiro e que o povo brasileiro é o verdadeiro dono do país.

No dia 7, durante o desfile cívico-militar em Brasília, Lula participou ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, e de 30 ministros de Estado, além do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). O evento teve três eixos principais: Brasil dos Brasileiros, Brasil do Futuro e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém (PA) em novembro.

O público estimado pelo Palácio do Planalto foi de 45 mil pessoas, maior do que o registrado no ano anterior. A segurança foi reforçada com policiamento especial e tropas da Polícia Militar do Distrito Federal. Não foram registrados incidentes durante o desfile ou as manifestações do dia.

Do outro lado, em São Paulo, ocorreu o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, que reuniu mais manifestantes do que o ato de esquerda na Praça da República. Segundo o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a USP e a ONG More in Common, cerca de 42,2 mil pessoas participaram do ato bolsonarista, enquanto o de esquerda reuniu 8,8 mil pessoas.

O protesto defendia principalmente a anistia para os condenados pelo episódio de 8 de janeiro, o que poderia beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse contexto político delicado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ganhou destaque ao articular a anistia no Congresso Nacional. Durante o evento, Tarcísio criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “tirano”.

O pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato, também atacou o ministro do STF, chamando-o de “ditador de toga” e elogiou a atuação de Tarcísio na defesa da anistia. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), emocionada, chorou durante seu discurso na Avenida Paulista, afirmando que o ex-presidente está “amordaçado dentro de casa”.

Além disso, foi vista uma bandeira gigante dos Estados Unidos erguida por manifestantes bolsonaristas. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está exilado nos EUA desde março, publicou no X que a bandeira representava um “protesto pela liberdade”, contra o ministro Alexandre de Moraes e um “agradecimento” ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pela tentativa de corrigir os erros de seus antecessores.

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