O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu nesta segunda-feira (15/12) às observações feitas pelo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, sobre a cidade de Belém. Lula mencionou que disse ao primeiro-ministro que ele ‘achou que estava no Brasil, mas na verdade não estava’.
“Eu disse a ele: ‘você achou que estava, mas não estava no Brasil’. Ele chegou a Belém e não participou das atividades locais, não experimentou um carimbó, não tomou uma cachacinha, não dançou; ficou dentro do hotel”, afirmou o presidente brasileiro.
Lula relembrou a controvérsia gerada pelas declarações de Merz após a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que aconteceu em Belém (PA). Na ocasião, o primeiro-ministro destacou em um discurso no Congresso Alemão do Comércio que os jornalistas que o acompanhavam ficaram felizes ao deixar o Brasil.
Lula também recordou outra declaração de Merz referente ao café da manhã em Luanda, capital de Angola, onde teria mencionado que não encontrou pão de qualidade. “Ele visitou o Mato Grosso e o Pará, e ao chegar em Berlim comentou: ‘é bom estar aqui para comer um pão decente'”.
Lula acrescentou que, quando visita a Alemanha, deixa de lado a culinária brasileira para experimentar a local: “Quando vou à Alemanha, esqueço a feijoada e o churrasco brasileiros. Eu vou lá para apreciar joelho de porco, chucrutes e comprar linguiça na barraca da rua”.
Reação às declarações anteriores
Não é a primeira vez que Lula responde às falas de Merz. Em novembro, na África do Sul, o presidente disse que as observações do alemão refletem falta de experiência política.
“Eu disse a ele que nosso pensamento está ligado ao lugar onde pisamos. Como ele aparentemente não saiu à noite, não experimentou a maniçoba, o filhote e não dançou carimbó, veio ao Brasil, mas sua mente permaneceu em Berlim”, afirmou Lula em entrevista coletiva após participar da cúpula do G20.
Inauguração da nova sede da ApexBrasil
Lula participou da cerimônia de inauguração da nova sede da ApexBrasil, em Brasília. Na ocasião, o governo celebrou a abertura de mais de 500 mercados para exportação de produtos brasileiros desde o início do mandato.
O evento contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além de representantes do setor privado.
