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segunda-feira, 25/08/2025

Lula realiza segunda reunião ministerial focada na classe média

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Em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os ministros para um encontro na terça-feira (26/8), com o objetivo de alinhar os planos do governo para o final do ano. Esta é a segunda reunião ministerial em 2025 com toda a equipe do primeiro escalão; a última foi realizada em janeiro.

Durante a reunião, Lula abordará o plano de resposta ao aumento das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dará orientações aos seus auxiliares sobre o discurso a ser adotado. Segundo informações da coluna Igor Gadelha no Metrópoles, o governo prepara um novo slogan que enfatiza a defesa da soberania nacional, utilizando a expressão “povo brasileiro”.

Além disso, o presidente cobrará resultados e discutirá as metas já alcançadas pelos ministérios, bem como o que ainda precisa ser cumprido. O encontro é fundamental para estabelecer as prioridades do governo no segundo semestre, período que antecede as eleições.

Reunião ministerial

Nesta terça-feira, Lula reúne seus auxiliares para alinhar as ações e prioridades para a segunda metade do ano. O encontro ocorre em um momento de recuperação na aprovação do presidente, que atingiu 46% na pesquisa Genial/Quaest, mesmo com a desaprovação ainda maior, de 51%.

Embora o governo tenha cumprido algumas promessas de campanha, como o programa para reduzir filas no SUS e a saída do Brasil do Mapa da Fome, outras propostas ainda aguardam concretização. É o caso da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que ainda está em análise no Congresso.

O governo está focado em projetos destinados à classe média e às populações mais vulneráveis, visando as eleições de 2026.

Prioridades do governo

Lula tem elaborado novos programas voltados para a classe média e a população com menor renda. Um exemplo é o programa de crédito para reforma de casas, desenvolvido pelo Ministério das Cidades. Também estão em discussão mudanças no modelo de financiamento habitacional junto ao Banco Central, para facilitar o acesso ao crédito pela população da classe média. Recentemente, o presidente reuniu-se com seus auxiliares para discutir essas propostas.

Outra prioridade é o projeto que visa isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil e aumentar a tributação sobre os chamados “super-ricos”, uma das principais promessas de campanha do presidente.

Na última quinta-feira (21/8), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para análise da proposta. O relator, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), estendeu a redução da alíquota para ganhos de até R$ 7.350, enquanto o governo havia previsto até R$ 7 mil.

Há ainda uma iniciativa para beneficiar famílias de baixa renda, que prevê a criação de vouchers para a retirada de botijões de gás em distribuidoras. Essa modalidade do Auxílio Gás beneficiará famílias cadastradas no Cadastro Único.

Além de garantir o gás gratuito para as famílias mais pobres, o governo busca alternativas para reduzir o preço do botijão nas distribuidoras, que tem sido alvo de críticas do presidente em várias ocasiões.

A Petrobras autorizou o retorno à distribuição direta de gás, o que permitirá à estatal vender diretamente aos consumidores, algo que não acontece desde a privatização da Liquigás, há mais de cinco anos.

Outras iniciativas

Entre as medidas para melhorar a aprovação do governo está a proposta de eliminar a obrigatoriedade de frequentar autoescola para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O Ministério dos Transportes afirma que essa mudança poderia reduzir em 80% o custo da habilitação. No entanto, essa ideia gerou resistência no setor, que prevê o fechamento de cerca de 15 mil empresas se a medida for implementada.

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