O presidente Lula está considerando retornar a Belém na próxima semana para auxiliar nas negociações da COP. A decisão ainda não foi tomada e dependerá do avanço das conversas em andamento, que enfrentam desafios significativos.
Se as negociações não progredirem, o presidente pretende intervir pessoalmente para contribuir nas tratativas políticas, especialmente com a chegada a Belém, na segunda-feira (17), dos representantes de alto nível dos países participantes.
A maioria desses representantes são ministros do meio ambiente, autorizados por seus chefes de Estado a buscar acordos nos pontos críticos que não avançaram na primeira semana de discussões técnicas.
A presença de Lula também visa garantir que sua proposta, apresentada nos discursos na Cúpula dos Líderes e na abertura da COP30, de criar um plano para eliminar o uso de combustíveis fósseis, seja incluída na declaração final ou que se torne uma pauta para as próximas COPs.
Embora esse tema não esteja nas negociações oficiais, ele está no documento da presidência brasileira da COP como uma prioridade para o debate. Isso ganhou força com a ênfase dada por Lula em seus discursos.
Na COP, a ministra Marina Silva tem se dedicado intensamente a esse assunto, dialogando com representantes de países europeus como Alemanha, Dinamarca, França e Reino Unido, além de países africanos como o Quênia. O objetivo é convencer países que se opõem ao plano, especialmente do Oriente Médio, a pelo menos aceitar uma sinalização para iniciar um trabalho sobre o tema a partir desta edição da COP.
Lula pretende buscar um meio-termo, uma solução equilibrada, fórmula essa que a diplomacia brasileira está tentando encontrar para evitar um fracasso nas negociações.
