O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (11/12) que solicitou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não realize ataques contra a Venezuela. Lula disse ao líder americano que deseja manter a América Latina livre de conflitos e destacou que a região é uma “zona de paz”.
“Durante nossa conversa, ele insistia: ‘Não, presidente…’. Falou bastante comigo. Eu respondi: ‘Trump, nós não queremos guerra na América Latina. Somos uma zona de paz.’ Ele respondeu: ‘Mas eu tenho mais armas, navios e bombas’. Então, falei: ‘Acredito mais no poder das palavras do que nas armas’”, declarou o presidente brasileiro.
Vamos usar a palavra como ferramenta de convencimento e persuasão para fazer o que é certo. Acreditamos que a diplomacia, por meio do diálogo, é a forma mais eficaz de resolver conflitos e problemas”, complementou Lula.
Esse pronunciamento aconteceu na abertura da Caravana Federativa em Belo Horizonte (MG).
Na semana anterior, os dois líderes conversaram por cerca de 40 minutos. Conforme informações do Planalto, abordaram a decisão dos EUA de eliminar a tarifa de 40% sobre certos produtos brasileiros, incluindo carne, café e frutas. Lula classificou essa atitude como “muito positiva”.
O presidente brasileiro também pediu que os EUA fortaleçam a cooperação no combate ao crime organizado transnacional. Segundo o governo brasileiro, Trump se mostrou totalmente disposto a colaborar e prometeu apoio total a iniciativas conjuntas para enfrentar essas organizações criminosas.
Além disso, Lula manteve conversa com o líder venezuelano, Nicolás Maduro, poucos dias após a ligação com Trump. Essa chamada foi mantida em sigilo até então. A Secretaria de Imprensa da Presidência informou que a ligação foi acordada entre os dois países e teve duração breve. O assunto central foi a busca pela paz no Caribe e na América do Sul.

