CARLOS PETROCILO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Por solicitação do ministro Alexandre Silveira, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionaram funcionários de empresas de energia próximas a São Paulo para reforçar o atendimento nas cidades afetadas pelos ventos fortes desde quarta-feira (10).
Até às 18h30 de quinta-feira, cerca de 1,3 milhão de clientes na Grande São Paulo ainda estavam sem energia. O número chegou a cair para 1,2 milhão no começo da tarde, mas subiu novamente. No pior momento, na quarta-feira, o apagão atingiu 2,2 milhões de imóveis.
As cidades mais prejudicadas pelo clima, segundo o ministério, são São Paulo e Campos do Jordão, além de Itapeva, Mairiporã, Franco da Rocha, Apiaí, Iguape, Piracaia, Santa Isabel, São Luiz do Paraitinga e Peruíbe.
Até a noite de quarta-feira (10), quase duas mil equipes, incluindo Enel São Paulo e Neoenergia Elektro, foram mobilizadas para tentar normalizar a distribuição de energia elétrica, conforme informou o ministério.
A Enel declarou que mobilizou mais de 1.600 equipes para reparar o sistema de energia.
Na quinta-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou que solicitou novamente ao Ministério e à Aneel que intervenham e considerem a possibilidade de encerrar o contrato de concessão com a Enel, válido até 2028. Tarcísio afirmou que o número de funcionários da Enel é insuficiente para lidar com situações como a dessa quarta-feira.
“Por isso recomendamos o início do processo de encerramento do contrato e intervenção. Somos críticos à intervenção, mas ela funciona porque o interventor terá os recursos da Enel para realizar melhorias. O que nos preocupa é a demora para restabelecer a energia”, explicou o governador.
Segundo o Ministério, até a noite de quarta-feira (10/12), quase duas mil equipes da Enel São Paulo e Neoenergia Elektro estavam trabalhando para restabelecer a energia elétrica.

