No sábado, Lula recebeu no início da noite o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Para a próxima semana, o presidente deve focar em agendas nacionais, como o arcabouço fiscal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa o domingo, 26, no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, sem receber visitas. Lula foi diagnosticado com quadro de pneumonia e influenza na última quinta-feira, 23, e teve de cancelar uma viagem já marcada à China para se recuperar.
No sábado, 25, Lula recebeu no início da noite no Palácio da Alvorada a visita do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Padilha afirmou que, na próxima semana, o chefe do Executivo deve focar em agendas internas em Brasília.
De acordo com o ministro, a permanência do presidente no país permite que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedique, junto com Lula, à formulação da proposta do arcabouço fiscal. Antes de cancelar a viagem à China, Lula havia dito que a apresentação da proposta só ocorreria após o retorno do país asiático, no início de abril.
O ministro Padilha foi a única visita do sábado, além da médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio.
Como médico, Padilha disse não recomendar que o presidente vá presencialmente à Marcha dos Municípios, nesta semana, em Brasília. O ministro disse que analisará se é possível Lula receber uma comitiva, de acordo com a recuperação.
Quadro de Lula é “bom”, diz Kalil
Mais cedo, o cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, divulgou que o quadro de saúde do mandatário é “bom”. Segundo os médicos, o presidente está com pneumonia e influenza A.
Kalil disse que Lula teria condições de fazer qualquer viagem em um prazo de 15 dias a um mês.
“O estado geral é bom e ele deve retornar às atividades dele durante a semana”, disse Kalil, em entrevista à CNN Brasil. “Ele volta à vida normal dele, claro, com uma precaução inicial depois de um quadro de pneumonia, nos próximos dias. Se você me perguntar, daqui a um mês ou daqui a 15 dias teria condição, evidentemente, de fazer qualquer viagem.”
O governo gostaria de remarcar a viagem à China “o quanto antes” por causa da importância do país asiático para a economia doméstica e da aproximação que Lula quer ter com o presidente chinês, Xi Jinping, por causa de questões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia.
Além disso, o mandatário brasileiro quer participar da posse de sua antecessora Dilma Rousseff como a nova presidente do Banco dos Brics, que tem sede em Xangai.
Com o cancelamento da comitiva presidencial, a ex-presidente da República seguirá para a China sozinha na segunda-feira, 27. Dilma começa a trabalhar imediatamente, mas a solenidade de sua posse foi cancelada e aguardará a presença de Lula em um futuro próximo.
(Com informações do Estadão Conteúdo)