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terça-feira, 23/09/2025

Lula garante que vetaria anistia para Bolsonaro

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São Paulo, 17 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou em entrevista à BBC que se houver um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, ele vetaria essa proposta. Segundo ele, a decisão cabe ao Congresso Nacional, mas, caso precise agir, não hesitaria em vetar.

O presidente explicou que emenda constitucional não precisa de sanção, mas se for uma lei aprovada, ele poderia vetá-la, e faria isso se preciso.

Sobre as sanções comerciais recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Lula afirmou que são atitudes de pouca importância prática e acredita que, com o tempo, as questões se resolverão.

Lula destacou que não mantém relação pessoal com Trump e criticou seu comportamento, dizendo que ele não respeita instituições democráticas e apoia movimentos antidemocráticos globalmente. Apesar disso, frisou que isso não atrapalha as relações oficiais entre Brasil e Estados Unidos.

Ele também comentou que com todos os primeiros-ministros da Inglaterra teve boas relações, independentemente de tendência política, e o mesmo espera fazer com Trump, reconhecendo-o como presidente legítimo e com quem deve manter relações diplomáticas.

Lula ainda se disse disposto a negociar diretamente com Trump, desde que haja respeito mútuo, desejando que o Brasil seja tratado com dignidade.

O presidente criticou a forma como a Casa Branca divulgou a taxação ao Brasil na imprensa em vez de uma resposta oficial, chamando essa atitude de inaceitável e acusando de desinformação. Ele esclareceu que a discussão é sobre regulamentação das plataformas digitais que atuam no Brasil, diferente da regulação nos EUA.

Lula defende uma relação civilizada entre os países, lembrando episódios passados como a participação norte-americana no golpe de 1964 e criticando recentes declarações desrespeitosas de autoridades americanas, como o secretário de Estado Marco Rubio, que mencionou intenção de punir o Brasil com sanções e restrições a ministros do STF.

Estadão Conteúdo

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