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terça-feira, 23/09/2025

Lula fala na abertura da reunião geral da ONU

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Nova York — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um discurso importante nesta terça-feira (23/9) durante a abertura da reunião geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Espera-se que o presidente destaque a importância da soberania do Brasil.

O encontro começou às 10h com uma fala do secretário-geral da ONU, António Guterres, que defendeu o multilateralismo e o papel da organização.

A cerimônia acontece um dia após os Estados Unidos (EUA) anunciarem uma nova série de sanções contra autoridades brasileiras após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No início da segunda-feira, o governo dos EUA incluiu Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. Também foi suspenso o visto do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, entre outras autoridades brasileiras.

Esta é a primeira vez que o presidente Lula visita os Estados Unidos desde as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. Durante a abertura do evento, Lula e Trump podem se encontrar, sendo que tradicionalmente o presidente brasileiro faz o primeiro discurso, seguido pelo presidente americano.

Apesar da proximidade das falas, não há sinais de que haverá diálogo entre os dois líderes. Em entrevista recente, Lula manifestou estar aberto para negociar diretamente com Trump durante sua passagem por Nova York.

O presidente chegou a Nova York no domingo e permanecerá até quarta-feira (24/9), participando de reuniões importantes sobre democracia, combate ao extremismo, meio ambiente, conflito na Faixa de Gaza, entre outros temas.

A primeira-dama, Janja Lula da Silva, está nos Estados Unidos desde a quarta-feira anterior como enviada especial para a COP30 e acompanhará Lula em alguns compromissos.

Nos dias anteriores à viagem, houve incertezas quanto à participação de algumas autoridades brasileiras devido à demora na emissão de vistos pelos Estados Unidos, país-sede da ONU. Os documentos do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ficaram pendentes até pouco antes do evento. Padilha teve restrição de circulação em Nova York e acabou desistindo de participar presencialmente de uma reunião.

Nos últimos tempos, o governo americano revogou vistos de autoridades relacionadas ao programa Mais Médicos, afetando também pessoas próximas de Padilha.

No primeiro dia de agendas em Nova York, Lula participou da Conferência Internacional para Resolução Pacífica da Questão Palestina, convocada por França e Arábia Saudita, que já contou com participação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

No dia 24, Lula liderará, junto aos presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez, uma reunião dedicada à defesa da democracia e combate ao extremismo. O evento reforça compromissos pela democracia e pelo multilateralismo.

Além disso, o presidente focará em temas ambientais para a preparação da COP30, que será em novembro em Belém (PA). Ele participará da Cúpula das NDCs, que incentiva os países a apresentarem metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, além de eventos sobre adaptação climática e o Fundo Florestal Tropical para Sempre (TFFF), iniciativa brasileira na presidência da COP.

Quanto a encontros bilaterais, o governo brasileiro confirmou uma reunião entre Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, prevista para esta terça-feira.

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