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terça-feira, 23/09/2025

Lula e Zelensky podem voltar a conversar durante Assembleia da ONU

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Em Brasília

Luiz Inácio Lula da Silva e Volodymyr Zelensky têm possibilidade de retomar o diálogo em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, que inicia nesta terça-feira (23/9), após o presidente ucraniano solicitar uma reunião com o líder brasileiro. O pedido foi confirmado por fontes próximas à diplomacia do Brasil.

Tensão diplomática

Desde o começo do governo Lula 3, o Brasil enfrenta críticas da Ucrânia. Para o governo de Volodymyr Zelensky, as declarações e atitudes do presidente brasileiro são percebidas como apoio à Rússia.

A situação entre as nações piorou depois que Lula visitou a Rússia no início de maio para participar das celebrações do 80º aniversário do Dia da Vitória em Moscou.

Nessa época, a Ucrânia recusou ao menos duas tentativas de chamadas telefônicas entre Lula e Zelensky.

A tentativa de Lula de se reaproximar foi vista por Kiev como uma ação de “cinismo”, tentando ocultar algum possível gesto favorável a Putin.

O governo brasileiro, no entanto, nega qualquer crise nas relações bilaterais.

Na última cúpula do G7 no Canadá, uma reunião entre os dois líderes foi anunciada, mas não ocorreu devido a conflitos de agenda.

Fontes anônimas afirmam que o governo do Brasil está analisando o pedido de encontro, bem como outras solicitações bilaterais. Até o momento, o Itamaraty não confirmou a reunião.

Se acontecer, este será o primeiro encontro entre os presidentes desde 2023, quando conversaram na Assembleia Geral da ONU daquele ano.

Conflitos recentes

Em maio deste ano, as tensões entre Brasil e Ucrânia aumentaram, após o presidente brasileiro participar dos eventos do 80º aniversário do Dia da Vitória em Moscou.

Lula tentou contato telefônico com Zelensky sobre o conflito na Ucrânia, mas foi recusado duas vezes por Kiev, que classificou o gesto do presidente brasileiro como “cinismo” diante da viagem à Rússia. Além disso, a Ucrânia rejeitou a mediação do Brasil na guerra.

Essa insatisfação afetou diretamente os laços diplomáticos, levando Kiev a não indicar um novo embaixador para atuar no Brasil.

Desde julho, a embaixada ucraniana no Brasil está sem embaixador, um sinal claro de insatisfação e redução no nível das relações bilaterais entre os dois países.

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