O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quinta-feira, 9, que a Operação Lava Jato causou grande dano à Petrobras e prejudicou a reputação dos trabalhadores da empresa, dando a falsa impressão de corrupção durante as investigações do Petrolão.
Ele falou isso durante um evento sobre investimentos na indústria naval e petroquímica em Maragogipe, Bahia.
“Eles tentaram acabar com a Petrobras e desvalorizar vocês, trabalhadores. Quem veste amarelo sabe as dificuldades enfrentadas. Vocês foram injustamente chamados de corruptos e tiveram rejeição em vários lugares do país porque tentaram plantar a ideia de corrupção”, declarou o presidente.
Lula também defendeu José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras entre 2005 e 2012, dizendo que ele nunca desviou dinheiro da empresa e é vítima de perseguição até hoje.
“Sou testemunha e garanto que ele nunca tirou um centavo da Petrobras para benefício próprio. Ele foi perseguido e ainda sofre perseguição. Não desistam, eu conheço vocês”, afirmou Lula.
O presidente relembrou ainda o tempo que ficou preso por 580 dias por causa da operação, entre 2018 e 2019. “Não troco minha dignidade por liberdade. Não uso tornozeleira porque não sou mensageiro de ninguém”, disse Lula.
Lula comparou a situação do Estaleiro Enseada do Paraguassu deixada pelos governos anteriores com a destruição causada pelos ataques em Gaza.
“Quem deixou o estaleiro parado deveria ser punido, pois prejudicou o país. Está quase como as ações de Benjamin Netanyahu em Gaza. Isso é causar sofrimento extremo”, afirmou o presidente.
O evento também contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, ministros Rui Costa, Alexandre Silveira, Silvio Costa Filho e Luiz Marinho, além da presidente da Petrobras Magda Chambriard e do presidente da Caixa Carlos Vieira.
Estadão Conteúdo