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quinta-feira, 21/11/2024
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Lula diz que anúncio do marco fiscal ocorrerá somente após volta da China

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O presidente Lula afirmou nesta terça-feira que apresentação do novo arcabouço fiscal ficará para depois da viagem. “A gente não tem que ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem”, disse

(JOSEPH EID/AFP/Getty Images)

O presidente Lula afirmou nesta terça-feira, 21, que o anúncio do novo arcabouço fiscal ocorrerá somente após a volta da viagem à China, que ocorre entre domingo, 26, e sexta-feira, 31 de março.

Lula conversou sobre o tema na véspera com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reuniões do ministro com lideranças do governo no Congresso e com os presidentes Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado). Até então, Haddad havia dito que o desejo do presidente era apresentar o marco fiscal antes da viagem à China.

“É preciso discutir um pouco mais. A gente não tem que ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem”, disse Lula nesta terça-feira, em entrevista ao portal Brasil 247.

“Nós embarcamos sábado. O Haddad não pode comunicar e sair”, disse o presidente. “O Haddad tem que anunciar e ficar aqui para debater, para responder. […] O que não dá é a gente avisar e ir embora.”

O presidente disse acreditar que o projeto já está “maduro”, mas completou que “precisamos fazer as coisas com muito cuidado” para que não falte recursos para outras áreas, como “para educação e saúde”.

Não há nenhum problema com Haddad, diz Lula

Ao falar sobre o marco fiscal e a gestão da economia, Lula também disse que não há “nenhum problema” do Partido dos Trabalhadores com a condução do ministro. Em alguns debates, como a reoneração dos combustíveis, é sabido que ocorreram debates internos entre alas do PT e a Fazenda.

“O Haddad pensa igual o governo, não há nenhum problema do PT com o Haddad, nenhum problema meu contra o Haddad. Eu tenho pelo Haddad um respeito profundo, um carinho profundo, e tenho certeza que o Haddad vai ajudar a resolver o problema da economia desse país. É apenas uma questão de tempo”, disse.

Lula afirmou que, em sua gestão passada, o governo foi fiscalmente responsável, e citou pontos como a dívida paga com o Fundo Monetário Internacional, as reservas internacionais construídas e a dívida pública reduzida de mais de 60% para em torno de 40% do PIB.

“Eu apanhei muito do meu partido, porque durante os oito anos do meu mandato nós fomos o único país do G20 que fez superávit primário todo santo ano”, disse. “Eu não preciso que venha um banqueiro me cobrar responsabilidade.”

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