María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, afirmou que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, precisa informar a Nicolás Maduro que é seu momento de deixar o poder.
A ex-deputada, crítica do governo de Maduro, disse que se Lula deseja ajudar numa transição pacífica da ditadura para a democracia, deve romper relações com o governante venezuelano.
“Apesar das já visíveis diferenças entre o governo brasileiro e Maduro — que violou todos os limites, até antigos acordos — ainda existem canais abertos. Seria fundamental que o presidente Lula, junto com outros líderes da América do Sul, enviasse uma mensagem firme a Maduro: ‘Chegou sua hora de sair. É o fim. Vá pelo seu próprio bem, Maduro. Aceite isso’”, declarou Machado.
Maria Corina Machado destacou que uma mensagem clara de Lula, criticando o regime de Maduro, ajudaria a fortalecer a integração da América do Sul, pois o Brasil desempenha papel diplomático essencial no continente.
Após receber o Nobel, a líder venezuelana também manifestou apoio ao ex-presidente dos EUA Donald Trump, que é contra a gestão de Maduro. Ela apoia as operações navais dos EUA próximas à costa da Venezuela, que indicam o objetivo de desafiar e retirar Maduro do governo.
Corina Machado ressaltou que precisa do total apoio do governo americano, especialmente Trump, para recuperar a liberdade na Venezuela. Recentemente, Trump autorizou ações da CIA em território venezuelano, permitindo operações letalmente eficazes contra o regime.
“Esse reconhecimento à luta dos venezuelanos nos dá forças para avançar: conquistar a liberdade. Estamos perto da vitória e hoje, mais do que nunca, contamos com o presidente Trump, as pessoas dos Estados Unidos, a América Latina e as democracias do mundo como nossos aliados na busca pela liberdade e democracia”, afirmou ela.
O repúdio ao governo de Maduro aumentou após as eleições de 2024. Edmundo González, apoiado pela oposição, ganhou por ampla diferença, mas o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, confirmou a reeleição de Maduro. Desde então, Corina Machado tem permanecido em local seguro para evitar represálias do governo.