Mariana Brasil, Catia Seabra, Lucas Marchesini, Isadora Albernaz e Raquel Lopes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (18) que não pretende vender os Correios, mesmo com a empresa enfrentando dificuldades financeiras.
“Enquanto eu for presidente, os Correios não serão vendidos”, declarou ele. “Pode ser que haja parceria com empresas, mas não venda. Sei que empresas da Itália querem conversar com os Correios.”
Fontes próximas ao assunto dizem que a gestão atual está pensando em novos jeitos para a empresa funcionar, como fazer parcerias com empresas privadas para cuidar de certos negócios, ou até mudar a estrutura para abrir capital, mas mantendo o controle pelo governo, como acontece com a Petrobras e o Banco do Brasil.
Depois de um período de lucro de 2017 a 2021, por causa do crescimento das vendas pela internet, os Correios começaram a ter prejuízo em 2022.
Além de uma nova cobrança de impostos sobre encomendas importadas, que reduziu o dinheiro que entra na empresa, os Correios têm enfrentado problemas na operação e diversas ações judiciais que atrapalham as finanças, enquanto os gastos aumentam.
Recentemente, cinco bancos, entre eles dois públicos, ofereceram um empréstimo de 12 bilhões de reais ligado a um plano para reorganizar a empresa.
Esse empréstimo tem garantia do governo, o que reduz muito o risco para os bancos.
Os Correios precisam pagar o 13º salário dos funcionários até esta sexta-feira (19). Por isso, o governo estabeleceu essa data para confirmar o empréstimo, já que não pode usar recursos próprios em 2025.

