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sexta-feira, 19/12/2025

Lula defende presidente do Banco Central mesmo com críticas aos juros

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (18/12) que confia completamente no presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. O economista tem sido alvo constante de críticas devido à manutenção da taxa Selic em 15%, o maior nível em 20 anos.

“Tenho total confiança no companheiro Galípolo, presidente do Banco Central. Nunca defendi a independência total do BC”, afirmou o presidente.

Segundo ele, “não é adequado que o presidente do BC seja mantido pelo governo seguinte caso haja troca de gestão. Cada governo deve ter o direito de indicar quem considera o melhor para presidir o Banco Central. Eu tive a experiência de oito anos com Henrique Meirelles e reconheço seu importante trabalho. Tenho certeza de que o Galípolo fará um excelente trabalho também”.

As declarações foram proferidas durante uma coletiva no Palácio do Planalto. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% pela quarta vez consecutiva, considerando esta taxa necessária para controlar a inflação e lidar com incertezas econômicas globais.

Estamos vivenciando uma inflação moderada e uma economia crescendo lentamente, o que gera expectativas quanto ao fim da alta dos juros no início do próximo ano. Lula expressou esperança de que a taxa comece a cair nas próximas decisões do Copom.

“Assim como sentimos cheiro de chuva, sinto que em breve os juros começarão a cair. Entretanto, o BC é autônomo e jamais farei pressão para que Galípolo tome decisões específicas. Ele é quem deve decidir. Espero que ele compartilhe o mesmo sentimento de esperança que tenho”]

“Se isso acontecer, será positivo para ele, para o Brasil, para a indústria, para o desemprego, para os salários e para toda a população”, concluiu o presidente.

Na mesma data, Galípolo comentou que não há indicações fixas nem decisões definitivas sobre alterações na taxa Selic.

Ele declarou em entrevista coletiva do BC: “Não estamos sinalizando um caminho definido nem descartando nenhuma possibilidade. Não existem indicações firmes nem barreiras fechadas no momento”.

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