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sábado, 02/08/2025

lula critica netanyahu por usar guerra para se manter no poder

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São Paulo, SP – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, não tem respeito por ninguém e depende do conflito em Gaza para continuar no cargo. Em entrevista à CNN Internacional, Lula também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por impor tarifas ao Brasil, e pediu ação do Conselho de Segurança da ONU na crise do Oriente Médio.

Lula disse que Netanyahu não respeita a ONU, os EUA ou qualquer outra instituição, e que precisa da guerra para governar, mesmo que isso custe a vida de muitas crianças. Ele questionou a inação do Conselho de Segurança da ONU, pedindo para saber o que estão fazendo diante da situação.

O presidente brasileiro ressaltou que pedidos de cessar-fogo são ignorados por Israel e que novos ataques continuam matando mulheres e crianças, inclusive aquelas que buscavam alimentos e não armas.

A entrevista aconteceu durante negociações no Qatar para um cessar-fogo de 60 dias em Gaza, que inclui a libertação de reféns e presos.

Lula já tinha feito declarações semelhantes em 2024, acusando Netanyahu de usar a guerra para se vingar dos palestinos e se manter no poder, além de condenar novos assentamentos israelenses considerados ilegais.

Sobre os EUA, Lula afirmou que Trump não foi eleito para dominar o mundo e precisa respeitar a soberania do Brasil. O presidente disse estar aberto a conversar, mas sem aceitar imposições, e evitou classificar Trump como de extrema direita, reconhecendo-o apenas como presidente eleito pelo povo americano.

Lula apontou que Trump deveria respeitar as instituições brasileiras, citando soberania da Suprema Corte, Legislativo e Executivo. Comentou ainda que, se Trump fosse brasileiro, também seria julgado pelas ações na invasão do Capitólio.

Mesmo com as críticas, o presidente brasileiro está disposto a dialogar para melhorar as relações comerciais entre os dois países. Reforçou que o Brasil não deseja romper vínculos com os EUA, nem ser influenciado por pressões externas, mas quer cuidar dos interesses do seu povo.

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