Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com seus 38 ministros no Palácio do Planalto nesta terça-feira (26/8) para alinhar as metas e prioridades do segundo semestre do ano.
Dentre os temas discutidos estão o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; a regulamentação das grandes empresas de tecnologia; e a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
O encontro começa pela manhã com uma fala do chefe do Executivo, seguida por apresentações de ministros que mostrarão resultados de trabalhos recentes e entregas previstas para 2025 e 2026.
Objetivos da reunião
Esta será a segunda reunião ministerial do ano, focada em definir as prioridades para os próximos meses. A reunião acontece em um momento de recuperação da popularidade do presidente, cuja aprovação chegou a 46%, segundo pesquisa Genial/Quaest, embora a desaprovação continue maior, em 51%.
Apesar de avanços, como o programa para diminuir filas no SUS e a retirada do país do Mapa da Fome, algumas propostas ainda dependem de aprovação, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que está em avaliação no Congresso.
Trabalho no Congresso e próximas estratégias
O presidente conta com o apoio do Congresso Nacional para avançar nessa pauta importante para a classe média. A proposta, relatada pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL), já teve urgência aprovada na Câmara.
A versão inicial previa benefício parcial para quem ganha até R$ 7 mil, valor que foi ampliado para R$ 7.350 na Comissão Especial.
Outra prioridade é a medida provisória sobre a reforma do setor elétrico, que visa reduzir a conta de luz para famílias de baixa e média renda. Esta MP precisa ser aprovada até setembro para não perder validade.
Plano para eleições de 2026
No Palácio do Planalto, existe a expectativa de que as medidas adotadas pelo governo sirvam para reforçar o apoio popular para as eleições de 2026, especialmente entre as classes baixa e média, que são o principal eleitorado do presidente.
O presidente Lula já iniciou conversas com lideranças de partidos da centro-direita, como MDB, PSD e Republicanos. Apesar disso, membros do governo defendem que Geraldo Alckmin continue como vice na chapa, mantendo a atual aliança política.