Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiantou sua participação no plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas após seu discurso na terça-feira (23/9) e esteve presente durante o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Normalmente, o presidente brasileiro é o primeiro líder a se manifestar na Assembleia Geral, seguindo o discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, e da presidente da Assembleia, Annalena Baerbock. O presidente dos EUA fala em segundo lugar.
No seu discurso, Lula criticou fortemente os “ataques sem precedentes” contra as instituições brasileiras realizados por “falsos patriotas” que “planejam e promovem ações contra o Brasil”. Na segunda-feira (22/9), os EUA intensificaram as sanções contra o Brasil, em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não existe justificativa para medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. A agressão à independência do Poder Judiciário é inadmissível. Essa interferência interna conta com o apoio de uma extrema direita submissa, nostálgica de antigas hegemonias”, declarou Lula.
Tal posicionamento não foi bem aceito pela comitiva americana. O secretário de Estado, Marco Rubio, um dos maiores defensores das sanções ao Brasil, não demonstrou aprovação durante o discurso do presidente brasileiro. Trump, que se preparava para falar, não acompanhou a fala de Lula.
Quando Trump iniciou seu discurso, a delegação brasileira respondeu com aplausos discretos. A primeira-dama Janja Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, não aplaudiram a entrada do presidente dos EUA.