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quarta-feira, 25/06/2025




Lula amplia 273 cargos políticos em empresas estatais com gasto anual de R$ 206 milhões

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Em Brasília

Desde o início de 2023, as empresas estatais do Brasil criaram 273 cargos indicados politicamente, com um custo anual aproximado de R$ 206 milhões. De acordo com levantamento do Estadão, esses cargos estão ocupados por membros do PT, aliados e familiares de políticos, distribuídos por 16 estatais.

Alertas ignorados

Relatórios técnicos do Ministério da Gestão apontaram riscos à boa administração, porém esses avisos foram desconsiderados. O ministério afirma que esses cargos representam “um a cada 314” colaboradores e são usados de forma “específica e limitada”.

Casos notáveis

Grupo Hospitalar Conceição (GHC)

  • Aumentou em 331% o número de cargos comissionados (de 16 para 69).
  • Justificou a necessidade para gerenciar novos hospitais.
  • Nomeou pessoas ligadas ao PT, incluindo ex-assessoras e militantes.
  • Cargos com salários que chegam a R$ 22 mil.

Dataprev

  • Cresceu de 33 para 93 cargos políticos (+181%).
  • Explicação: novos projetos como o novo CadÚnico e o CAR.
  • Contabiliza militantes como o namorado da deputada Adriana Accorsi (PT-GO).
  • Salários elevados; 65% dos cargos já foram preenchidos.

BNDES

  • Instituiu 9 novos cargos para o presidente Aloizio Mercadante, totalizando 56 comissionados.
  • Alguns vencimentos ultrapassam o teto legal (R$ 52 mil a R$ 60 mil).
  • Entre os nomeados, estão Juca Ferreira (ex-ministro da Cultura) e ex-assessores de senadores e políticos.
  • Motivo: “retomar protagonismo do banco” e atender novas áreas como PPPs e exportações.
  • Pesquisa da consultoria Mercer indicou que os salários estavam acima do mercado.

Telebras

  • Dezembro de 2023 viu a criação de 3 cargos comissionados.
  • Descumpriu decisões judiciais anteriores que pediam diminuição das indicações políticas.
  • A Sest (órgão do Ministério da Gestão) classificou a proposta de elevar os cargos para 88 como “temerária” — representando 19% do quadro, muito acima da média de 5%.
  • Os postos foram usados para acomodar parentes de ministros do governo.

Críticas e respostas

O governo defende que esses cargos trazem “novas habilidades” e participam de “projetos específicos”. Contudo, especialistas alertam para o risco de uso indevido, excesso de nomeações políticas e prejuízo à eficiência e transparência da administração pública. A oposição promete questionar esses aumentos e exigir critérios técnicos rigorosos.




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