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quarta-feira, 24/09/2025

Lula afirma que não há restrições para diálogo com Trump

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Brasília e Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (24/9), que possui diversos temas a discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sem qualquer restrição. A declaração ocorreu durante uma entrevista coletiva em Nova York, nos Estados Unidos.

Durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o líder norte-americano mencionou que convidou Lula para um encontro na próxima semana.

“Nós nos vimos, eu o vi. Ele me viu e nos abraçamos. Então eu disse: ‘Você acredita que vou falar em apenas dois minutos?’ Na verdade, combinamos um encontro para a próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns vinte segundos e pouco, pensando bem”, relatou Trump, na terça-feira (23/9).

Questionado sobre o encontro, Lula ressaltou a longa relação diplomática, que já passa de 200 anos, entre os dois países, destacando que há muitos pontos a serem tratados.

“Nem sempre consigo me reunir com presidentes americanos, e encontrei com o presidente Trump. Cumprimentei e disse a ele que Brasil e Estados Unidos têm muito a discutir, muitos assuntos importantes, sem limites para o diálogo. Não há veto para os temas, é aberto para qualquer questão. Mas é necessário conversar”, enfatizou o chefe do Palácio do Planalto.

O presidente reforçou ainda que as sanções americanas contra o Brasil são baseadas em informações incorretas, e que Trump estaria mal informado sobre a relação comercial entre as nações.

“Tenho muitos pontos a abordar, e acredito que entre líderes de países importantes como Brasil e Estados Unidos, o diálogo deve se basear em informações reais. Creio que ele está mal informado quanto ao Brasil, e isso pode ter influenciado decisões que considero inaceitáveis”, completou Lula.

Em abril, o governo americano aplicou uma tarifa de 10% sobre importações da América Latina. Em julho, essa taxa foi elevada para 50%, alegando uma suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta processos judiciais.

Trump também afirmou que existe um desequilíbrio comercial na relação entre Brasil e Estados Unidos.

Por outro lado, dados oficiais indicam que os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás somente da China. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,3 bilhões ao mercado norte-americano, enquanto as importações somaram US$ 40,6 bilhões. Esses números revelam um pequeno déficit comercial para o Brasil.

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