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sábado, 06/09/2025

Lula afirma que Bolsonaro se condena ao pedir anistia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5/9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está se autocondenando ao solicitar anistia no Congresso Nacional. Segundo Lula, o papel do ex-chefe do Executivo, neste momento, é provar sua inocência, e não pedir anistia.

“O cidadão cometeu várias transgressões e agora inicia um processo pedindo anistia antes mesmo de ser julgado. O fato de pedir anistia antes do julgamento demonstra que ele reconhece a culpa. Ele está se condenando, pois seu dever agora é provar que é inocente”, declarou Lula em entrevista ao SBT.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou esta semana o julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de participação em uma suposta tentativa de golpe. Eles são réus em processo que trata de tentativa de golpe com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula, após as eleições de 2022, tentando manter Bolsonaro no poder.

Bolsonaro e o Judiciário

A Primeira Turma do STF decidiu tornar Jair Bolsonaro e sete aliados réus por envolvimento em suposta conspiração golpista. O grupo enfrenta acusações que incluem tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa armada.

Bolsonaro mantém discurso público de que será candidato, porém está inelegível até 2030.

Alguns aliados apostam na reversão da inelegibilidade, enquanto outros acreditam que, caso condenado, seu poder de transferir votos aumentará.

Proposta de Anistia

O PL, partido de Jair Bolsonaro, tem promovido a votação de anistia no Congresso. Um projeto de lei em circulação esta semana propõe uma anistia ampla e irrestrita, com perdão às possíveis condenações do ex-presidente, podendo até mesmo reverter sua inelegibilidade.

“Todos sabem o que aconteceu no país, os eventos do dia 8 de janeiro de 2023, a ocupação dos quartéis e a bomba no aeroporto. Por que Bolsonaro finge ser inocente? Ele precisa assumir a responsabilidade”, destacou Lula.

Um dos processos que o torna inelegível relaciona-se a uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em 2022, quando Bolsonaro criticou o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.

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