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sexta-feira, 12/09/2025

Lula afirma que Bolsonaro planejou o golpe mas não teve coragem

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, na quinta-feira (11/9), que o ex-presidente Jair Bolsonaro arquitetou toda a conspiração para manter-se no poder após perder as eleições de 2022, porém faltou-lhe coragem para levar adiante o plano. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente e outros sete réus por envolvimento na tentativa de golpe.

“Se o ministro Fux não quiser considerar as provas, o problema é dele. Na minha visão, as evidências são abundantes, e o ex-presidente, de forma covarde, articulou tudo, planejou tudo, mas não teve coragem de seguir em frente e acabou desistindo. Isso aconteceu porque, no dia 1º de janeiro, havia muita gente nas ruas, e ele teve medo. Daí, ele esperou até o dia 8 de janeiro, talvez esperando que ficássemos temerosos. Mas não foi isso que aconteceu”, declarou Lula em entrevista à Band.

Na quarta-feira (10/9), o ministro Luiz Fux apresentou seu voto após mais de 12 horas de sessão, divergiu dos colegas Alexandre de Moraes, relator do processo, e Flávio Dino, que apoiaram a condenação do ex-presidente.

Durante o voto, Fux afirmou não ter encontrado na acusação ou nas provas elementos que liguem Bolsonaro diretamente aos crimes. Por isso, Lula declarou ser um problema do ministro não reconhecer as provas, que, segundo ele, são abundantes.

“Ele tentou dar um golpe. Existem inúmeras provas, discursos, registros escritos e ações que comprovam sua tentativa, incluindo planos para assassinar o presidente eleito, o vice-presidente e o próprio Alexandre de Moraes. Estas evidências são claras”, afirmou Lula.

A Procuradoria-Geral da República acusou o ex-presidente pelos crimes de liderar organização criminosa armada, tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e danos qualificados causados com violência e grave ameaça ao patrimônio público, causando considerável prejuízo à União e a bens patrimoniais.

Nesta quinta-feira, a Primeira Turma do STF retomou o julgamento apresentando os votos da ministra Cármen Lúcia e do presidente da turma, Cristiano Zanin. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão por sua participação nos crimes.

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