A União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco25) enviou um pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando um apoio forte do governo para defender a soberania do país diante dos ataques dos Estados Unidos contra os comerciantes e trabalhadores da região.
O governo dos EUA, liderado por Donald Trump, iniciou uma investigação sobre supostas práticas injustas do Brasil, com foco no Pix e na Rua 25 de Março, que é um importante centro de comércio popular em São Paulo.
A investigação visa analisar se as regras brasileiras para o comércio digital e serviços de pagamento, como o Pix, prejudicam ou limitam o comércio dos EUA. Além disso, o Escritório de Comércio dos EUA acusa a Rua 25 de Março de ser um grande mercado de pirataria, apesar das ações policiais na área.
O documento da Univinco25 reafirma seu compromisso em colaborar com o governo para fortalecer a legalidade e a organização no setor comercial, que gera mais de 35 mil empregos formais. A entidade acredita que é possível responder de forma firme e soberana a essa situação.
Para a Univinco25, a Rua 25 de Março é uma das maiores áreas comerciais populares do mundo e é essencial para a economia de São Paulo e para o abastecimento de muitos municípios brasileiros e da América do Sul.
Embora apoie a proteção da propriedade intelectual e acordos internacionais, a Univinco25 destaca que a região é economicamente ativa e, em sua maioria, legal. As críticas dos EUA prejudicam a imagem do Brasil e afetam milhares de trabalhadores, comerciantes autônomos e pequenos empresários que contribuem legalmente com o país.
Ato marcado para amanhã
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (Secsp) organizou um protesto para o dia 18, às 10h, na região da 25 de Março. Participarão trabalhadores, líderes sindicais, movimentos sociais e representantes do comércio para defender empregos e empresas locais e se manifestar contra as declarações do presidente Donald Trump.
A Univinco25 não apoia esse protesto, pois acredita que ele não ajuda a melhorar a situação causada pela recente ação dos EUA. A entidade está focada em recuperar o movimento de clientes na região, que ainda não voltou aos níveis anteriores à pandemia.