A loja Guarani, situada em Brusque (Santa Catarina), lançou uma promoção especial para boicotar a marca de chinelos Havaianas. Por apenas R$ 1, em poucas horas, todo o estoque das três unidades foi completamente vendido.
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No perfil do Instagram da loja, eles manifestaram sua posição contrária à marca: “Não vamos mais trabalhar com a marca por tempo indeterminado, devido à provocação da marca com a população conservadora, da qual fazemos parte,” afirmaram.
Os seguidores expressaram opiniões diversas: “Eu tiro o chapéu por não ter medo de se posicionar,” disse uma mulher. “Nem de graça eu quero, parabéns à loja que se posicionou e não fica em cima do muro como muitas outras,” comentou uma apoiadora. Por outro lado, alguns celebraram: “Não vejo protesto nisso, se vocês vão colocar a marca no pé de todos por um preço tão baixo,” declarou outra pessoa. “Esquerda usa havaiana, direita, tornozeleira! Olha a solda!”
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Essa atitude foi motivada pela controvérsia política envolvendo a campanha publicitária de fim de ano das Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres. No vídeo, ela deseja que os brasileiros não comecem 2026 apenas com o pé direito, mas com os dois pés. Políticos conservadores criticaram a marca, especialmente após o ex-deputado Eduardo Bolsonaro publicar um vídeo no domingo, 21 de dezembro, interpretando um viés político na fala da atriz e fazendo severas críticas.
Boicote às avessas?
Um dia depois da controvérsia, as ações da Alpargatas, empresa dona das Havaianas, reduziram aproximadamente 3%, resultando em uma perda de R$ 152 milhões. No entanto, a empresa rapidamente recuperou o valor perdido, ultrapassando o valor de mercado registrado antes da veiculação do comercial.

