Arthur Lira, relator do projeto para ampliar a isenção do Imposto de Renda, participou de uma reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária e afirmou que a proposta trará impacto econômico e aumento nos custos. Ele destacou que ninguém deve tentar esconder a verdade sobre isso.
Durante o encontro, Lira explicou que a questão da compensação financeira pela redução na arrecadação será debatida no plenário. Ele ressaltou que não conhece deputado que seja contra a isenção total do IR para quem ganha até R$ 5.000 e a redução gradual para quem recebe até R$ 7.350.
A votação está agendada para quarta-feira (1º) na Câmara dos Deputados. As falas de Lira foram inicialmente transmitidas, mas a transmissão foi interrompida a pedido dos deputados, pois a discussão era reservada.
O relatório de Lira eleva o limite da redução do IR para R$ 7.350, acima dos R$ 7.000 propostos pelo governo, estabelecendo uma transição entre a isenção total e as alíquotas regulares do imposto.
O texto aprovado em comissão mantém o imposto mínimo para quem ganha a partir de R$ 50 mil mensais e a alíquota de 10% para rendas superiores a R$ 1,2 milhão ao ano.
Lira ressaltou que a cobrança será feita de forma gradual e uniforme e que não há outras alternativas para a questão.
Ele também destacou a importância de proteger estados, municípios e setores essenciais como agricultura e construção civil para não prejudicar a arrecadação local e investimentos estruturantes no país.
Sobre a forma de compensação, Lira afirmou que a decisão deverá ser discutida amplamente com partidos, líderes e no plenário, questionando se haverá isenção para algumas categorias profissionais ou outras soluções serão adotadas.
Lira pediu responsabilidade aos deputados para que decidam com coragem e transparência, sem medo dos debates.
Em entrevista à imprensa, afirmou que o relatório permanece como está, mas que está aberto a receber sugestões e analisar propostas até o dia da votação.
Ele ressaltou que o projeto tem apoio da esquerda e enfrenta resistência da oposição que busca derrubar a taxação dos mais ricos.
Lira defendeu que a votação deve ser feita com respeito às diferentes opiniões e com discussão técnica no plenário.
Até a votação, haverá intensificação das conversas, análise das emendas e reuniões com parlamentares, líderes e representantes da sociedade civil, que têm o direito de expressar suas opiniões sobre a taxação.