O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), definiu nesta quinta-feira (7/8) a obstrução promovida pela oposição nas pautas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal como um “avanço de golpe prolongado”. De acordo com ele, o “controle das Mesas impediu o funcionamento do parlamento e desrespeitou a divisão dos Poderes”.
“O Brasil enfrenta uma ameaça. Devemos permanecer vigilantes e chamar o povo brasileiro para ocupar as ruas em defesa do país, da democracia e da soberania nacional”, declarou Lindbergh no X.
O parlamentar reforçou que não existe um acordo para a pauta da anistia e que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa o fim do foro privilegiado não possui votos suficientes para aprovação. Mencionou também a tentativa de colocar em pauta o pedido de afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na mesma publicação, Lindbergh se referiu a situações internacionais onde o parlamento foi “destruído internamente com o avanço do fascismo”. Citou Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia, e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.
“Aqui, o bolsonarismo atua como uma força insurrecional sistêmica: serve ao capital, segue a lógica do caos e tem o STF como alvo para instaurar um novo regime e promover uma rodada final de privatizações e total desregulamentação do sistema financeiro. Para aprovar essa agenda, submetem-se aos Estados Unidos, que sanciona Alexandre de Moraes via Lei Magnitsky, revoga vistos e monitora aliados do ministro no Judiciário (‘estamos acompanhando de perto’). Trump eleva tarifas, exerce pressão diplomática e intensifica tensões, contribuindo para internacionalizar essa ofensiva autoritária”, escreveu ele.