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quarta-feira, 22/10/2025

Líderes querem aumentar pressão para paz na Ucrânia

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Os líderes europeus declararam na terça-feira (21/10), ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que a linha de frente atual deve servir como ponto de partida para futuras conversas com a Rússia. No entanto, Vladimir Putin segue adotando uma postura de espera em relação às iniciativas ocidentais pela paz e atualmente rejeita a ideia de realizar uma nova cúpula.

“Apoiamos fortemente a posição do presidente Donald Trump de que os combates devem cessar imediatamente e que a linha de contato atual deve ser base para as negociações”, afirmaram em comunicado conjunto os líderes da França, Reino Unido, Alemanha e Ucrânia.

“Permanecemos comprometidos com o princípio de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”, acrescentaram, destacando também a necessidade de “aumentar a pressão sobre a economia da Rússia e seu setor de defesa, até que Putin decida buscar a paz”. O objetivo segue sendo fortalecer a posição da Ucrânia para influenciar o processo de negociação.

O presidente russo, no entanto, não demonstra disposição para isso no momento. Embora estivesse previsto um encontro entre ele e o líder americano em Budapeste — o que gerava preocupações na Europa sobre um possível acordo prejudicial à Ucrânia e à segurança regional — Putin adiou essa decisão.

Segundo o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, “nem Vladimir Putin nem o presidente Donald Trump definiram uma data para o encontro”, ressaltando que esse tipo de cúpula demanda amplo preparo e pode levar tempo para ser organizado.

Também foi considerado cedo discutir um calendário para a reunião entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e dos Estados Unidos, Marco Rubio, reunião que abriria caminho para eventual cúpula entre Putin e Trump.

Do lado americano, um representante afirmou sob condição de anonimato que “não há previsão de encontro próximo entre os presidentes Trump e Putin“.

Enquanto isso, os países europeus signatários do comunicado devem se reunir em Bruxelas na quinta-feira (23) para deliberar sobre apoio financeiro contínuo à Ucrânia. Também está prevista na sexta-feira uma reunião da chamada “coalizão dos voluntários”, formada por países que apoiam Kiev.

Está em discussão a melhor utilização dos €140 bilhões em ativos russos congelados na Europa por meio das sanções. Uma proposta é empregar esses fundos como garantia para um empréstimo substancial à Ucrânia, ideia que conta, até agora, com amplo respaldo segundo a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.

Atentados russos persistem. Na terça-feira, um ataque com drones realizado pela Rússia na cidade de Tcherniguiv, no norte da Ucrânia, causou vítimas fatais, segundo os serviços de emergência locais.

“Hoje, o inimigo russo atacou Novgorod-Siverskïi com drones. As primeiras informações apontam quatro mortos e dez feridos, incluindo uma criança de dez anos”, informaram os serviços de emergência pelo Telegram.

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