Paulo Ricardo Martins
Folhapress
Os principais líderes dos caminhoneiros afirmaram que não vão participar da greve programada para esta quinta-feira (4), dizendo que o movimento é político e pode causar problemas para os motoristas.
A paralisação foi anunciada por Chicão Caminhoneiro, um representante da categoria, e o desembargador aposentado Sebastião Coelho, que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e critica o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Chicão disse em vídeo junto com Coelho que eles querem unir os caminhoneiros para trabalhar e exigir que as leis que protegem a categoria comecem a ser cumpridas.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) disse que informações sobre a greve estão circulando nas redes sociais e grupos de Whatsapp, mas que não apoia movimentos políticos que usam os caminhoneiros para seus objetivos.
Wallace Landim, conhecido como Chorão, outro líder dos caminhoneiros, afirmou que a greve é na verdade um movimento político para apoiar o ex-presidente Bolsonaro.
Ele explicou que, mesmo que poucas pessoas participem, os caminhoneiros podem bloquear rodovias importantes, atrapalhando o trânsito.
No vídeo, Chicão garantiu que os motoristas que participarem da greve não vão impedir o direito das pessoas de se deslocarem livremente.
José Roberto Stringasci, da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), também disse que não vai apoiar a greve e que este não é o momento para paralisar as atividades da categoria.

