O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) formalizou denúncia contra líderes tradicionais da facção Comando Vermelho, acusando-os de participação em um grande esquema de roubo de veículos. Além da denúncia, a Justiça emitiu ordens de prisão para esses indivíduos.
Ao todo, o MP solicitou e recebeu autorização para a prisão preventiva de 20 membros do grupo criminoso, que são alvo de acusações por associação criminosa com o propósito de realizar crimes patrimoniais.
Entre os denunciados destacam-se: Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar; Márcio Santos Nepomuceno, apelidado Marcinho VP; Ricardo Chave de Castro Lima, chamado Fu da Mineira; Ocimar Nunes Robert, conhecido como Barbosinha; e Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o Abelha. Dos cinco, apenas Abelha está atualmente foragido, enquanto os demais estão presos.
Esta denúncia foi protocolada pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial das regiões do Méier e da Tijuca, com os mandados expedidos pela 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Organização e modus operandi
As investigações indicaram que a quadrilha atuava em áreas ligadas à 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira) e à 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel). Após os roubos, os veículos eram clonados para posterior comercialização ou tinham suas peças vendidas em estabelecimentos e ferros-velhos.
De acordo com o MPRJ, o esquema criminoso contava com uma estrutura organizada, onde cada membro desempenhava um papel específico dentro do grupo:
- Batedores: monitoravam a região e alertavam sobre a presença policial.
- Executores: responsáveis pela realização dos roubos.
- Outros membros: transportavam os veículos até comunidades controladas pelo Comando Vermelho, sempre com a autorização dos líderes locais.
O Ministério Público enfatizou que a quadrilha agia de forma contínua e estruturada, com divisão clara de funções e sob a supervisão da liderança do grupo.