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domingo, 09/11/2025




Líderes discutem conflito na Venezuela em cúpula na Colômbia

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Em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa neste domingo (9/11) da 4ª Cúpula Celac-União Europeia em Santa Marta, Colômbia. O evento reúne representantes de 33 países da América Latina e Caribe, além de 27 da União Europeia.

O encontro tem como pauta principal a escalada das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela. Recentemente, os EUA aumentaram a presença militar no Caribe, justificando a ação como combate ao narcotráfico.

O governo brasileiro defende uma solução pacífica para o conflito. Lula ofereceu-se para mediar as negociações em reunião com Donald Trump, destacando que a América Latina deve permanecer uma região de paz.

“A reunião da Celac só faz sentido se discutirmos a presença dos navios de guerra americanos na América Latina,” afirmou em entrevista, ressaltando a ausência de armas nucleares na região e a constituição do Brasil que reflete a busca pela paz.

Historicamente, o Brasil já atuou como mediador em conflitos envolvendo a Venezuela, como no acompanhamento do referendo revogatório do mandato de Hugo Chávez e nas tensões com a Guiana sobre a região do Essequibo.

Na cúpula deste domingo, a questão do mar do Caribe deve ser amplamente discutida. Lula cancelou um compromisso em Fernando de Noronha para participar do encontro em Santa Marta, embarcando no sábado (8/11).

O Ministério das Relações Exteriores não confirmou encontros do presidente brasileiro com delegados venezuelanos, mas enfatizou que os movimentos militares dos EUA na região serão tema central da reunião.

Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério, reforça que o Brasil mantém diálogo com todos os países da região e está disposto a ajudar caso seja solicitado, visando prosperidade, democracia e paz.

Objetivos da Cúpula Celac-UE

O foco está na cooperação regional em comércio, meio ambiente e combate ao crime. Espera-se a assinatura de dois documentos: a Declaração de Santa Marta, abordando investimentos, transição energética e segurança alimentar, e um plano detalhado de ações para a cooperação futura.

Também são discutidas declarações optativas relacionadas à segurança cidadã e políticas de cuidados.

Conflito e Tensões EUA e Venezuela

Nos últimos meses, os EUA intensificaram operações militares na América Latina, incluindo bombardeios de embarcações próximas à costa venezuelana, alegando combater o narcotráfico. O governo norte-americano declara que muitos dos mortos nessas ações são narcotraficantes armados.

Nicolás Maduro, líder da Venezuela, tem alertado para a possibilidade de um conflito armado e instaurou medidas para preparar o país caso haja invasão pelos EUA. A tensão aumentou após Donald Trump autorizar a CIA a realizar ações letais para derrubar o governo venezuelano, o que foi condenado por Maduro como uma violação da soberania nacional. Segundo ele, os EUA buscam controlar os recursos petrolíferos e naturais da Venezuela.




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