O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, afirmou, nesta terça-feira (26/8), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é “um dos maiores heróis no momento na defesa da democracia”. A declaração foi dada em entrevista ao programa Contexto Metrópoles.
“Considero o ministro Alexandre de Moraes uma das maiores figuras heroicas atualmente, na proteção da nossa democracia. Entre todos os brasileiros, ele é alguém a quem forneço respeito profundo por sua coragem e determinação”, declarou Lindbergh.
O deputado destacou ainda que a conduta do magistrado é “irrepreensível”.
Alexandre de Moraes tem sido alvo de sanções dos Estados Unidos por meio da Lei Magnitsky, sendo acusado de exercer censura através de ordens judiciais. O governo norte-americano busca assim pressionar as autoridades brasileiras para interromper o julgamento referente à suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado nesse processo, terá seu julgamento iniciado em 2 de setembro.
As sanções da Lei Magnitsky impactam principalmente economicamente, como ao congelar bens e contas bancárias em território ou instituições dos EUA. A legislação, criada em 2021, visa punir autoridades acusadas de violações aos direitos humanos em âmbito internacional.
Fontes do Metrópoles indicam que o governo dos Estados Unidos avalia restringir o acesso do ministro a serviços de companhias aéreas e hotéis nos EUA, além de bloquear suas contas em empresas como Apple e Google.
Na mesma entrevista, o líder do PT alertou que o Brasil se tornará uma “colônia” dos EUA se for suspenso o julgamento do ex-presidente no STF.
Lindbergh Farias reagiu a uma declaração do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que afirmou que Donald Trump é a “única esperança” para a candidatura de Bolsonaro nas eleições de 2026, embora o ex-presidente esteja inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“O presidente Valdemar Costa Neto fez uma declaração absurda recentemente: ‘Só o Trump pode salvar o Bolsonaro’. Se pararmos o julgamento para agradar o Trump, o Brasil deixará de ser uma nação soberana e passará a ser uma colônia, sem instituições independentes e sem um Supremo autônomo”, ressaltou o deputado.