Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), expressou neste domingo (7/9) sua opinião sobre as recentes eleições na Argentina, onde o partido do presidente Javier Milei sofreu derrota em seis das oito regiões eleitorais. Os resultados indicam que o partido peronista mantém sua força, resistindo nas áreas urbanas principais.
“Milei dizia que colocaria o último prego no caixão do peronismo, mas quem acabou derrotado foi o mileísmo. Nas eleições legislativas, o peronismo conquistou uma vitória aproximada de 20 pontos em Buenos Aires, a província que detém metade dos eleitores argentinos. Foi uma derrota acentuada que demonstrou a perda de apoio ao ultraliberalismo nas urnas”, afirmou Lindbergh em sua página no X (antigo Twitter).
Com mais de 84% das seções apuradas, o partido peronista alcança 53,81% dos votos, enquanto o grupo de Milei, La Libertad Avanza (LLA), obteve 28,6%. Outros partidos tiveram resultados abaixo de 6%, incluindo Somos, de orientação esquerda, e outras siglas como Potencia e Unión Libertad.
A eleição provincial deste 7 de setembro ocorreu na província de Buenos Aires, a região mais populosa do país, abrigando mais de 37% do eleitorado. Diferente da capital administrativa, a província compreende tanto a cidade de Buenos Aires quanto a vasta região metropolitana ao redor, incluindo áreas com alta densidade populacional e grande importância estratégica.
Para o petista, a derrota de Milei em Buenos Aires representa o princípio do fim de um período. “A realidade da pobreza falou mais alto do que as estratégias e doutrinas influenciadas por Chicago. O povo argentino começou a manifestar seu suficiente!”, declarou o líder.
Milei é aliado do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), que tentou buscar proteção política na Argentina.
Segundo um relatório da Polícia Federal (PF) na investigação, documentos relacionados a essa tentativa foram encontrados no celular de Bolsonaro, que foi apreendido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.