A deputada federal Talíria Petrone (PSol-RJ), líder do PSol na Câmara dos Deputados, teve sua escolta pela Polícia Legislativa Federal suspensa após uma decisão do presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos/PB).
Segundo a deputada, a decisão foi tomada sem aviso prévio e sem considerar os riscos à sua segurança, uma vez que ela enfrenta ameaças frequentes.
“A medida adotada por Motta foi unilateral, ignorando os perigos que Talíria e seus dois filhos enfrentam, e ocorreu logo após uma derrota de Motta em uma votação influenciada por Talíria como líder de bancada, que salvou o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) da cassação e enfrentou firme o projeto de anistia referente aos atos de 8 de janeiro”, declarou Talíria em comunicado.
De acordo com a parlamentar, a ação de Motta seria uma retaliação devido às críticas intensificadas contra ele durante a semana, nas quais ela afirmou que Motta não estava apto para continuar presidindo a Câmara.
Talíria também foi uma das responsáveis por articular para que a cassação do deputado Glauber Braga fosse rejeitada pelo plenário, além de criticar o projeto que reduz as penas dos condenados pelos acontecimentos de 8 de janeiro, chamado PL da Dosimetria, aprovado na Câmara.
Esses eventos ocorreram entre terça-feira (9/12) e quarta-feira (10/12), após um dia tenso na Câmara dos Deputados.
No entanto, a decisão que retirou a escolta foi formalizada na segunda-feira (8/12), antes desses episódios mencionados pela deputada.
Motta reconsidera decisão
A assessoria do presidente da Câmara comunicou que Hugo Motta está em diálogo com a deputada para reavaliar a decisão, após consultar o Departamento de Polícia Legislativa (Depol).
“O presidente está em contato com a deputada Talíria e acompanha o assunto. A decisão original foi fundamentada em parecer técnico do Depol, anterior aos eventos recentes. Após o pedido de revisão, a questão será analisada novamente, considerando as normas da Câmara, que priorizam a segurança de seus parlamentares”, afirmou a equipe do deputado.

