21.5 C
Brasília
segunda-feira, 15/12/2025

Líder do PL comenta possível renúncia de Ramagem em 2026

Brasília
chuvisco fraco
21.5 ° C
21.5 °
19.8 °
89 %
1kmh
40 %
ter
22 °
qua
24 °
qui
21 °
sex
23 °
sáb
19 °

Em Brasília

Alexandre Ramagem, deputado federal pelo PL-RJ, considera renunciar ao seu mandato apenas em 2026, conforme afirmou o líder do PL, Sóstenes Cavalcante. A renúncia estaria relacionada à tentativa de obter asilo político nos Estados Unidos, já que Ramagem encontra-se atualmente naquele país como fugitivo da Justiça brasileira, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e 1 mês de prisão por tentativa de golpe de Estado.

“Ele mencionou que pode cogitar renunciar no próximo ano, visto que o pedido de asilo político nos Estados Unidos está em andamento, e neste momento é fundamental para ele manter seu mandato. Portanto, não pretende renunciar neste ano, mas considera essa possibilidade para o ano que vem”, revelou Sóstenes.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou recentemente que pretende levar ao plenário a votação sobre a cassação de Ramagem. Caso essa iniciativa avance, Sóstenes garantiu que derrotará o presidente da Casa em votação, defendendo que o deputado bolsonarista não seja cassado.

Na reunião dos líderes marcada para esta segunda-feira (15), o partido vai insistir para que o processo seja encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que possibilitaria mais tempo para que Ramagem consiga o asilo nos Estados Unidos.

“O procedimento não seguiu o trâmite habitual, já que não foi enviado à CCJ. O que me causou estranheza foi a tentativa do presidente Hugo de acelerar o processo trazendo direto ao plenário, algo que não é correto para um parlamentar. Pedi a ele que respeite o mandato do Ramagem, assim como respeitou os demais, e que envie o processo para a CCJ,” afirmou Sóstenes.

Essa decisão pode aumentar a tensão entre a Câmara e o Supremo Tribunal Federal. O STF anulou a decisão da Câmara que não reconhecia a perda de mandato da deputada Zambelli, condenada a 15 anos e 3 meses de prisão por invadir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto com o hacker Walter Delgatti. A ação envolveu a criação de documentos falsos, como um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.

Zambelli também foi condenada por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, após ter perseguido um eleitor do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) portando uma arma, pouco antes do segundo turno das eleições de 2022.

Veja Também