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terça-feira, 15/07/2025

Líder da Otan avisa Brasil sobre sanções se Rússia rejeitar paz

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, alertou sobre possíveis sanções ao Brasil e outras nações do Brics caso a Rússia recuse um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia. A declaração ocorreu nesta terça-feira (15/7), durante sua visita aos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente Donald Trump.

“Se a Rússia não abraçar as negociações de paz, em 50 dias o senhor Trump irá impor sanções secundárias a países como Índia, China e Brasil”, afirmou Rutte após encontro com membros do congresso norte-americano. “Meu conselho para esses três países é que avaliem essa situação cuidadosamente, pois podem ser fortemente impactados. Portanto, peço que liguem para Putin e o convençam a levar o processo de paz a sério, pois caso contrário, essas sanções afetarão Brasil, China e Índia”.

A possibilidade de sanções adicionais contra países que mantêm acordos comerciais com a Rússia, apesar do conflito na Ucrânia, foi mencionada pelo presidente dos EUA na segunda-feira (14/7). No mesmo dia, Trump expressou insatisfação com Putin e concedeu um prazo de 50 dias para avanços nas negociações, sob risco de tarifas que podem alcançar 100%.

De acordo com o chefe da aliança militar, que engloba 32 países, as sanções econômicas contra parceiros comerciais da Rússia visam exercer máxima pressão sobre o governo Vladimir Putin. Rutte acrescentou que, além do Brasil, Índia e China também podem sofrer tarifas que podem alcançar até 100% — esses três países figuram entre os cinco fundadores do Brics, grupo que tem sido alvo de críticas do presidente dos EUA.

Situação do Brasil

O governo brasileiro atualmente enfrenta dificuldades com a coalizão que o levou ao poder em 2022, mesmo diante das acusações judiciais que pesam sobre seus líderes. No dia 9 de julho, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos.

Em comunicação enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder americano justificou a retaliação econômica devido ao processo contra Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente acusado de liderar uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado em 2022.

Conforme informado pela Casa Branca, a nova taxa sobre as exportações do Brasil começará a valer a partir de 1º de agosto.

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