Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou nesta quarta-feira, 25, que as redes sociais foram usadas por participantes dos atos golpistas em 8 de janeiro de 2023. Ele ressaltou que a autorregulação das redes sociais e das grandes empresas de tecnologia não foi suficiente, tornando necessária uma regulamentação para punir ações criminosas, assim como ocorre no mundo físico.
“Algo está errado. Não podemos permitir que as redes sociais sejam usadas para fins ilícitos, que tem sido o que acontece”, afirmou o ministro. “Liberdade de expressão não significa a liberdade de agredir, especialmente a democracia.”
Moraes participou, via teleconferência, do evento Global Fact, focado na verificação de fatos e combate à desinformação, organizado pela FGV Comunicação, no Rio de Janeiro, com a colaboração de iniciativas jornalísticas como Estadão Verifica, Aos Fatos, Lupa e UOL Confere.
De acordo com Moraes, a convocação para a “Festa da Celma” representou uma utilização das redes sociais para a tentativa de golpe de Estado no Brasil em 8 de janeiro de 2023.
“As redes sociais não apenas foram usadas, mas durante a tentativa de golpe, quando ocorreu a invasão dos poderes da República—Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto—elas permitiram que os envolvidos transmitissem ao vivo e incentivassem outras pessoas a participar, pedindo intervenção militar e o retorno da ditadura”, detalhou o ministro.