Erik Menéndez, que está cumprindo prisão perpétua juntamente com seu irmão Lyle pelo assassinato dos pais em 1989, teve seu pedido de liberdade condicional recusado após uma audiência realizada na quinta-feira (21/08).
A audiência para avaliar a liberdade condicional de seu irmão está agendada para sexta-feira (22/08). Conforme informado pelo Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, a equipe jurídica de Erik não pode recorrer da decisão.
De acordo com o jornal The Washington Post, a liberdade condicional foi negada por um período de três anos. A decisão considerou violações das regras da prisão, incluindo envolvimento com gangues, posse de drogas, uso de telefones celulares e participação em fraudes fiscais.
Sobre o caso Menéndez
O crime ganhou grande repercussão nos anos 1990, sendo um dos primeiros julgamentos transmitidos pela televisão nos Estados Unidos. O interesse pelo caso ressurgiu com o lançamento de um documentário e da série “Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais”, disponível na Netflix desde 19 de setembro de 2024.
A série conquistou 12,3 milhões de visualizações, entrou no Top 10 em 89 países e tornou-se a produção em língua inglesa mais assistida da plataforma durante a semana de 16 a 22 de setembro.
A defesa dos irmãos, que alega que o assassinato foi motivado por anos de abuso sexual por parte do pai, conta com o apoio da família e de algumas celebridades, entre elas Kim Kardashian.
Vitória judicial recente
Em maio, os irmãos Menéndez tiveram uma decisão judicial favorável que flexibilizou os termos da sentença, possibilitando a análise do pedido de liberdade condicional.
O assassinato de José Menéndez, empresário da indústria musical, e sua esposa, Kitty, causou grande comoção em 1989. Na ocasião, os irmãos, com 21 e 18 anos respectivamente, atiraram contra os pais enquanto eles assistiam televisão, recarregaram as armas e dispararam novamente para garantir a morte da mãe.
Inicialmente, os irmãos tentaram culpar a máfia pelo crime, porém uma confissão feita por Erik a um terapeuta levou à prisão de ambos. No julgamento, a defesa argumentou que os assassinatos foram resultado de abusos psicológicos e sexuais sofridos pelos irmãos. Por outro lado, a Promotoria sustentou que o motivo foi a intenção de obter uma herança milionária.
As informações foram fornecidas pela RFI, parceira do Metrópoles.