O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, obteve o visto para entrar nos Estados Unidos nesta terça-feira (16/9). Ele fará parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.
O visto de Lewandowski havia sido suspenso por um período. A viagem acontece em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de Lewandowski, o visto do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), foi cancelado pelo Departamento de Estado dos EUA em agosto.
Plano Brasil Soberano
Após a aprovação das novas tarifas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma medida provisória com medidas para ajudar as empresas exportadoras afetadas. Este plano focará, inicialmente, em pequenos exportadores.
- Compras governamentais: Estados poderão adquirir itens perecíveis antes destinados à exportação para programas sociais como merenda escolar e restaurantes comunitários.
- Linhas de crédito: serão disponibilizados R$ 30 bilhões em linhas subsidiadas para as empresas mais impactadas.
- Expansão do programa Reintegra, que devolve impostos pagos ao longo da cadeia produtiva, agora ampliado para todas as empresas exportadoras.
- Extensão do regime de drawback, prorrogando isenção ou suspensão de impostos sobre matérias-primas usadas para exportação.
Na quinta-feira anterior (11/9), o secretário de Estado durante a gestão de Donald Trump, Marco Rubio, declarou que responderá à condenação do ex-presidente Bolsonaro, que recebeu pena de 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Lula terá encontros bilaterais e compromissos para debater temas como democracia, meio ambiente e conflitos atuais, agora acompanhado por Lewandowski.
O presidente deverá ficar nos EUA por pelo menos quatro dias. Este ano, a Assembleia-Geral das Nações Unidas comemorará 80 anos desde sua criação, em 1945, por meio da Carta de São Francisco. Hoje, a organização conta com 193 estados membros e dois observadores: Palestina e Santa Sé.
Tradicionalmente, o Brasil abre a sessão da Assembleia-Geral da ONU, seguida pelo anfitrião, os Estados Unidos. O discurso do presidente brasileiro está marcado para a manhã de terça-feira, 23 de setembro.