Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhados do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e da subsecretária de fiscalização da Receita Federal, Andrea Costa Chaves, realizaram uma coletiva para detalhar as duas ações da Polícia Federal (PF) – Quasar e Tank – que foram lançadas nesta quinta-feira (28/8) com o objetivo de enfrentar o crime organizado no setor de combustíveis.
A PF, em parceria com a Receita Federal, iniciou nesta quinta-feira (28/8) duas operações simultâneas contra esquemas de lavagem de dinheiro relacionados à cadeia produtiva de combustíveis. Denominadas Quasar e Tank, as operações ocorreram em três estados e visam grupos distintos, porém interligados pela atuação do crime organizado em negócios de grande valor financeiro.
“Hoje, iniciamos certamente uma das maiores operações da história contra o crime organizado, especialmente no que diz respeito à atuação no mercado legal – atacando agora o setor de combustíveis e a apropriação de organizações criminosas neste segmento, além da conexão com o setor financeiro em termos de lavagem de dinheiro”, afirmou o ministro.
Ele acrescentou que esta é possivelmente uma das maiores operações já realizadas no Brasil e também destacada mundialmente, graças à colaboração integrada entre a Polícia Federal, órgãos fazendários, Receita Federal, Ministério Público e vários estados.
PEC da Segurança
Lewandowski destacou ainda a proposta da PEC da Segurança em tramitação no Congresso Nacional: “O objetivo do governo é unir todas as forças de segurança do país para que trabalhem em conjunto, que as informações sejam compartilhadas e as ações coordenadas. Essa integração foi possível graças a um intenso esforço cooperativo entre as agências, mas é necessário institucionalizar esta prática. Esperamos que a PEC da Segurança seja aprovada em breve para consagrar essa nova realidade.”
A operação Quasar desarticula uma rede que utilizava fundos de investimento e empresas interligadas para lavar recursos provenientes de facções criminosas. Conforme a investigação, os envolvidos criaram uma complexa rede de sociedades e simularam transações para esconder bens ilícitos.
Já a operação Tank teve como foco um grupo que, desde 2019, movimentou cerca de R$ 23 bilhões em fraudes. Esta rede, uma das maiores já detectadas no Paraná, utilizava centenas de empresas de fachada, como postos de combustíveis, distribuidoras, holdings e instituições financeiras para realizar essas ações criminosas.