O consórcio formado pela Leroy Merlin e a Creative Real Estate venceu a licitação para exploração de uma área de 28,5 mil m² no Aeroporto de Congonhas em São Paulo para implantação de uma megaloja por um prazo de 25 anos pelo preço básico inicial de R$ 40 milhões.
O terreno fica localizado na esquina da Avenida Washington Luiz com a Rua Tamoios, área antigamente ocupada pela Vasp.
O pagamento poderá ser parcelado em até 3 vezes após a assinatura do contrato, sendo R$ 20 milhões até o décimo dia útil; R$ 10 milhões em até 12 meses e o restante em até 24 meses.
Segundo o termo de homologação da licitação, o consórcio também terá que efetuar um pagamento mensal de R$ 390 mil e 3% sobre o faturamento bruto mensal da exploração comercial da área, chegando ao valor global de R$ 146,4 milhões de reais para o período de vigência do contrato.
A licitação foi lançada em agosto, dias antes do anúncio da decisão do governo de incluir o aeroporto de Congonhas no pacote de privatizações.
Com a homologação, falta agora apenas a assinatura do contrato para o consórcio assumir a área.
O negócio corre risco de virar uma disputa administrativa ou até mesmo judicial, já que não se sabe se o futuro administrador do aeroporto após a concessão, aceitará e honrará este acordo de exploração ganho pela Leroy e Creative.
Em nota, a Infraero informa que o processo licitatório só será encerrado depois da assinatura.
Cálculos iniciais do Governo apontam que apenas a privatização de Congonhas pode render aos cofres da União R$ 5,6 bilhões.
O aeroporto da capital paulista é o mais movimentado da estatal, registrando mais que o dobro do apontado pelo segundo colocado, o Santos Dummont, no Rio de Janeiro.