O projeto de lei para combater o crime organizado, conhecido como PL Antifacção, enfrenta dificuldades para ser aprovado no Congresso. Originalmente, o projeto tinha apoio de vários governos e da oposição, mas agora sua votação foi adiada várias vezes devido a discordâncias e pedidos de adiamento por parte dos governadores, que formaram um grupo inicialmente para apoiar a iniciativa, mas que acabou por atrasar o processo.
O relator do projeto, que vem de um dos setores da oposição mais rigorosos, tentou ajustar o texto para atender a diferentes setores, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, tornou-se claro que não é possível agradar a todos os envolvidos no debate, e a questão tem servido mais como tema para a campanha eleitoral do que para um consenso efetivo.
A oposição, que atualmente controla o tema e tem o respaldo da opinião pública, especialmente após a grande operação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, mostra dificuldades em articular politicamente a votação e em construir o acordo necessário para aprovar o projeto.
Essa situação, em que a proposta fica parada, representa não só um atraso no combate ao crime organizado, mas também aumenta o descontentamento da população com as instituições responsáveis, o que pode ser prejudicial para a credibilidade do sistema político diante de um problema tão sério.
