“Portanto, isso não nos surpreende. E não trará nada de novo para a política dos EUA e de seus satélites. A expansão no flanco leste da OTAN, na minha opinião, de até 200.000 ou mais soldados, foi planejada independentemente do que será definido em Madri. Isso foi anunciado há muito tempo. É uma continuação inaceitável, que viola todos os acordos e promessas. O desenvolvimento da OTAN no território da antiga União Soviética, sua infraestrutura militar próxima das fronteiras russas”, explicou.
Com relação à presença de Zelensky no G20, o ministro russo afirmou que pouco interessa à Rússia se o presidente ucraniano caminhará pelos “cantos” na cúpula do G20 na Indonésia.
O país-sede sempre convida representantes que não são membros do G20, e agora não será diferente, e como dizem, não se pode ficar sem Zelensky, ele é intrusivo e irritante, comentou Lavrov.
“Provavelmente, nos intervalos, entre receber ordens de Washington, ele tem tempo livre e, portanto, fica satisfeito em se encaixar em aparecer de alguma forma e dizer algo com lágrimas nos olhos. Mas pouco interessa se ele vai para algum lugar ou não. Sempre respeitamos as ações do país anfitrião do G20”, afirmou.
Além disso, ele explicou que a Rússia aborda o “trabalho do G20 com base nos princípios fundamentais para os quais foi criado”.
Com relação às declarações do Ocidente sobre a inviabilidade das negociações entre a Rússia e a Ucrânia, Lavrov enfatizou que são uma manifestação de esquizofrenia.
“Estas declarações, atualmente, são feitas regularmente por Boris Johnson, Olaf Scholz ou Josep Borrell, que constantemente pedem mais dinheiro para armas a serem enviadas à Ucrânia do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz. Essa esquizofrenia já está sendo manifestada”, concluiu Lavrov.