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segunda-feira, 10/11/2025




Lavrov chama Ucrânia de regime nazista em evento

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Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, qualificou o governo da Ucrânia como um “regime nazista” durante um evento promovido pela Academia Diplomática em Moscou, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores russo, nesta quarta-feira (17/9).

Em seu pronunciamento, Lavrov acusou os ex-presidentes Petro Poroshenko e o atual, Volodymyr Zelensky, de fazerem “declarações desumanizadoras contra russófonos”. Ele afirmou que a intervenção militar da Rússia ocorreu em “legítima defesa” conforme o Artigo 51 da Carta da ONU.

“Nós, a Federação Russa, reconhecendo a situação, diante da agressão contínua do regime nazista de Kiev, apoiado pelo Ocidente, agimos em legítima defesa conforme o Artigo 51 da Carta da ONU, que garante o direito de autodefesa individual ou coletiva. O Ocidente recusou-se a respeitar esse artigo e alegou que a Rússia violou a integridade territorial da Ucrânia, tentando restabelecer a ordem de sua forma. Ignoraram deliberadamente a interpretação da Carta da ONU”, declarou Lavrov.

O ministro ainda acusou as forças ucranianas de atirar contra civis na região russa de Kursk, apontando que lojas, escolas e prédios civis foram alvos intencionais do governo de Kiev.

Lavrov criticou também o secretário-geral da ONU, António Guterres, por “desconsiderar princípios da Carta da ONU” e focar apenas na integridade territorial da Ucrânia.

Ele afirmou que o Ocidente pretende transformar a Ucrânia em um “território ocupado”, com tropas estrangeiras sustentando um “regime nazista” e implementando leis que proibiriam o uso da língua russa.

O cenário diplomático permanece estagnado, com Volodymyr Zelensky manifestando disposição para reunião com Vladimir Putin e Donald Trump, porém recusando encontros em Moscou. Enquanto isso, Putin exige negociações com resultados concretos e continua a ofensiva até que a Ucrânia aceite suas condições, incluindo neutralidade e a definição do futuro do Donbass.

Recentemente, a tensão aumentou na guerra: em 7 de setembro, a Rússia lançou sua maior ofensiva aérea desde o início do conflito, utilizando mais de 800 drones e 13 mísseis contra Kiev, com dano pela primeira vez em um prédio governamental central.

Além disso, drones russos invadiram o espaço aéreo polonês, provocando reação da Otan e aumentando temores de expansão do conflito. Enquanto isso, nações como França e Reino Unido planejam enviar uma força internacional para monitorar um possível cessar-fogo, proposta rejeitada pelo Kremlin.




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