MPF apura o recebimento de R$ 3 milhões de propina pagos pela OAS enquanto o ministro era presidente da CPMI da Petrobras. O G1 aguarda retorno do TCU.
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Ele teve R$ 4 milhões em bens bloqueados em uma nova fase da operação, deflagrada na manhã desta terça-feira (25).
Vital do Rego é investigado pelo recebimento de propina pela OAS enquanto era presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, em 2014. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a propina foi paga pela OAS.
Segundo a denúncia do MPF, Vital do Rêgo recebeu R$ 3 milhões de Leo Pinheiro, então presidente da OAS, para que os executivos da empreiteira não fossem convocados para depor CPI.
As propinas, segundo o MPF, foram pagas por meio de repasses a empresas sediadas na Paraíba.
O G1 tenta contato com os citados. A reportagem entrou em contato com a assessoria do TCU e aguarda retorno.
73ª fase da Lava Jato
Nesta fase da operação, batizada de “Ombro a ombro”, são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa, na Paraíba, além de Brasília.
Alexandre Costa, que é assessor de Vital do Rêgo no TCU e, na época dos crimes, era assessor dele no Senado , é alvo de um dos mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, Costa era um intermediário nos recebimentos de propina. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2 milhões dele.
A operação foi baseada nas informações repassadas por Léo Pinheiro, executivo da OAS, em acordo de colaboração premiada.