A Procuradoria-Geral da República também vai solicitar ao Ministério Público Federal do Rio que investigue os motivos da acusação contra Bolsonaro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que “não há nada” que vincule o presidente Jair Bolsonaro à investigação sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em março deste ano.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o procurador-geral afirmou que o presidente é “vítima” de uma possível denunciação caluniosa. Aras ainda informou que vai pedir ao Ministério Público Federal do Rio que investigue os motivos para o envolvimento do nome de Bolsonaro e que sua equipe ouviu os áudios relativos ao condomínio do presidente.
“Nos elementos informativos que o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro encaminhou ao Supremo que encaminhou à Procuradoria Geral da República, não há nada que vincule o presidente da República a qualquer evento. Não há nada. A minha assessoria ouviu todos os áudios (relativos ao condomínio de Bolsonaro) e não há nenhuma participação do presidente ou de indício da voz do presidente”, afirmou Aras.
A Procuradoria-Geral da República já aceitou o pedido do ministro Sergio Moro para apurar se houve “envolvimento indevido” do nome de Bolsonaro nas investigações.
Na solicitação, enviada nesta quarta-feira (30), Moro pede que a apuração seja feita em conjunto pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).