FOLHAPRESS
Exames realizados pelo Departamento de Polícia Técnica da Bahia detectaram álcool metílico em bebidas consumidas por sete pessoas na cidade de Ribeira do Pombal, localizada a 280 km de Salvador.
Os testes foram feitos a partir do sangue das vítimas — dois homens e cinco mulheres — que apresentaram sintomas como vômitos, náuseas, tontura, sensação de desmaio, dificuldade para respirar e visão embaçada após beberem durante uma festa de noivado.
A Secretaria de Saúde da Bahia alertou toda a população para redobrar os cuidados na compra e consumo de bebidas destiladas, principalmente durante festas, recomendando verificar a procedência, garantir que embalagens e selos de segurança não estejam violados e comprar apenas em estabelecimentos confiáveis.
Todos foram atendidos no Hospital Geral Santa Tereza, em Ribeira do Pombal, e dois pacientes foram encaminhados para o Instituto Couto Maia, em Salvador. Três pessoas estão em estado grave.
A secretaria informou que o antídoto para intoxicação por álcool metílico foi enviado ao hospital e será aplicado se necessário.
Amostras de sangue foram enviadas ao laboratório do Departamento de Polícia Técnica em Salvador para mais análises. A Polícia de Ribeira do Pombal está investigando o caso e já recolheu garrafas e realizou depoimentos no hospital.
Até 5 de dezembro, o Ministério da Saúde registrou 73 casos confirmados e 22 mortes por intoxicação com álcool metílico em vários estados do Brasil, incluindo São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Mato Grosso.
O álcool metílico é uma substância tóxica presente em produtos como anticongelante e limpador de para-brisa, com aparência e sabor semelhantes ao álcool comum, o que dificulta sua identificação quando ingerido.
Consumir essa substância pode causar sérios danos à saúde, incluindo cegueira, coma e morte. Por isso, as autoridades recomendam evitar bebidas destiladas de origem duvidosa.
Em caso de suspeita de intoxicação, o atendimento médico deve ser rápido, pois os sintomas — fortes dores abdominais, tontura e confusão mental — precisam ser tratados nas primeiras seis horas para evitar complicações.
No início de outubro, devido ao aumento dos casos, o Ministério da Saúde importou 2.500 ampolas de fomepizol, um antídoto específico que estava indisponível no país.

