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quinta-feira, 04/09/2025

Laboratório cheio de cogumelos mágicos psicodélicos é descoberto em operação policial

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Durante a Operação Psicose, agentes da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da polícia civil localizaram um avançado laboratório dedicado à fabricação de drogas psicodélicas, conhecido como um verdadeiro “Império dos Cogumelos”.

O espaço estava organizado em diferentes ambientes, cada um destinado a uma etapa do processo produtivo. Cogumelos eram cultivados em bandejas ventiladas, caixas e sacos plásticos, alguns em desenvolvimento e outros prontos para comercialização.

As imagens obtidas mostram os produtos embalados, etiquetados e prontos para venda, indicando uma operação comercial profissional.

A ação policial, realizada na quinta-feira (4/9), desmontou uma das maiores redes de tráfico de drogas sintéticas e psicodélicas do país. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, além de nove prisões preventivas em sete estados: Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Pará, Minas Gerais e Espírito Santo.

De acordo com a Cord, a rede movimentava até R$ 200 mil por dia, suportada por uma estrutura avançada que incluía logística e marketing digital agressivo. Entre os detidos estão os universitários Igor Tavares Mirailh e Lucas Tauan Fernandes Miguins, considerados figuras centrais no fornecimento da droga ao Distrito Federal.

Os dois montaram laboratórios improvisados transformados em linhas de produção organizadas, cultivando diversas espécies de cogumelos psicodélicos e vendendo-os por meio de uma plataforma online profissional. O catálogo oferecia fotos detalhadas, descrições dos efeitos e dosagens, além de múltiplas formas de pagamento, como cartão de crédito, Pix e transferências bancárias.

A logística de entrega foi meticulosamente planejada, com os pedidos enviados em embalagens discretas tanto por transportadoras quanto pelos Correios, em um esquema similar ao dropshipping, para dificultar a identificação do material.

Além disso, os vendedores mantinham um grupo de WhatsApp exclusivo onde os clientes compartilhavam experiências, efeitos, orientações de consumo e recebiam recomendações diretas, criando uma comunidade fidelizada em torno do produto.

Investigações indicam que a produção local dos universitários não atendia toda a demanda, revelando um fornecedor oculto com escala industrial localizado em Curitiba (PR). Esse centro de distribuição abastecia vários estados simultaneamente.

A polícia também descobriu empresas de fachada em Santa Catarina e no Paraná, registradas como comércios de alimentos, mas usadas para lavagem de dinheiro e dissimular as operações ilegais.

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