O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, rejeitou nesta terça-feira (11/11) as acusações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre uma suposta retomada dos testes nucleares por parte da Rússia e da China.
Lavrov afirmou que essas afirmações não correspondem à realidade e destacou que Moscou está aberta ao diálogo com Washington sobre essa questão. Ele ressaltou que ambos os países participam de um serviço internacional de monitoramento que detecta explosões subterrâneas, garantindo a transparência nas atividades nucleares.
“A Rússia cumpre seus compromissos internacionais e está disposta a dialogar. As declarações do presidente americano são equivocadas”, declarou o chanceler.
Ele também mencionou que o presidente Vladimir Putin não ordenou a realização ou preparação de testes nucleares, mas pediu apenas uma avaliação técnica das condições atuais para considerar a necessidade de futuras ações. Lavrov lembrou que testes com ogivas não nucleares não são proibidos pelos tratados vigentes.
Essas declarações surgem após Donald Trump anunciar a retomada imediata dos testes com armas nucleares pelos Estados Unidos, o que poderia representar uma quebra do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT).
O presidente republicano justificou sua decisão dizendo que outros países realizam testes e que os Estados Unidos precisam se equiparar a eles.
Em resposta, o Conselho de Segurança Nacional da Rússia alertou para os riscos que essa medida representa para a estabilidade estratégica global, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) destacou que novos testes poderiam prejudicar a paz e a segurança internacionais.
Os Estados Unidos não realizam testes nucleares desde 1992 e são signatários do tratado, embora ainda não tenham concluído sua ratificação.
