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quarta-feira, 08/10/2025

Kremlin alerta: fome e morte de crianças em Gaza persistem há dois anos

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou nesta quarta-feira, 8 de outubro, que o conflito em Gaza, que dura dois anos, atingiu um estágio catastrófico. Ele destacou que muitas crianças estão morrendo por exaustão e fome, caracterizando a situação como um genocídio silencioso.

Em entrevista ao projeto Pontes para o Leste, Lavrov ressaltou que o número de vítimas civis na Faixa de Gaza já supera as perdas registradas durante a guerra na Ucrânia. Segundo dados oficiais, cerca de 65 mil pessoas morreram nestes dois anos, em sua maioria mulheres, crianças e idosos, além de centenas de milhares de deslocados.

O chanceler russo comparou esses números com outras guerras recentes, afirmando que o número de civis mortos na Palestina nos últimos dois anos é maior do que na Ucrânia em 12 anos. Ele acusou Israel de punir coletivamente o povo palestino, atitude que considera uma séria violação do direito internacional humanitário.

A guerra entre Israel e Hamas completa dois anos desde o ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023. Enquanto isso, delegações de ambas as partes realizam negociações no Egito para discutir um possível cessar-fogo.

De acordo com o grupo palestino, as listas de prisioneiros e reféns foram trocadas, com mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, que tentam remover obstáculos restantes para um acordo definitivo.

Lavrov criticou a recusa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em aceitar a criação de um Estado palestino e condenou a resposta de Israel aos ataques do Hamas em 2023, que ele descreveu como um ataque generalizado contra a população civil.

O diplomata russo elogiou o plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma alternativa viável para resolver o conflito. Ele mencionou que, apesar de o plano ser vago e limitar-se à Faixa de Gaza sem incluir a Cisjordânia, é a melhor opção atualmente disponível e pode ser aceitável para os árabes, além de não ser rejeitado por Israel.

Lavrov enfatizou a importância de interromper o derramamento de sangue e afirmou que a Rússia está disposta a ajudar na reconstrução de Gaza da melhor forma possível.

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